... Assim que meter os pés em Portugal!;) Pois este marcou-me e muito... como se o tivesse terminado de ler ontem, e no entanto tal ocorreu há uns bons anos atrás...
Diário de Anne Frank
(Fotos retiradas do google, a capa que escolhi do livro é igual ao que tenho!)
"(...) Quem foi que nos impôs este destino? quem decidiu excluir deste modo os judeus do convívio dos outros povos? quem nos fez sofrer tanto até agora? Foi Deus que nos trouxe o sofrimento e será Deus que nos libertará Se apesar de tudo isto que suportamos, ainda sobreviverem judeus, estes servirão a todos os condenados como exemplo. Quem sabe, talvez venha ainda o dia em que o Mundo se aperceba do bem através da nossa fé, e talvez seja por isso que temos de sofrer tanto. Nunca poderemos ser só holandeses, ingleses ou súbditos de qualquer outro pais. Seremos sempre, além disso, judeus. E queremos sê-lo.
Não percamos a coragem. Temos de ter consciência da nossa missão. Não nos queixemos, que o dia da nossa salvação há-de chegar. Nunca Deus abandonou o nosso povo. Através de todos os séculos os judeus sobreviveram.
Através de todos os séculos houve sempre judeus a sofrer, mas através de todos os séculos se mantiveram fortes. Os fracos desaparecem mas os fortes sobrevivem e não morrerão!
Naquela noite pensei que ia morrer. Esperava pela Policia, estava preparada como os soldados no campo de batalha, prestes a sacrificar-me pela pátria. Agora que estou salva, o meu desejo é naturalizar-me holandesa depois da guerra.
E Gosto dos holandeses, gosto desta terra e da sua língua. É aqui que gostava de trabalhar. E se for preciso escrever à própria rainha, não hei-de desistir enquanto não conseguir este meu fim.
Sinto-me cada vez mais independente dos meus pais. Embora seja muito nova ainda, sei, no entanto, que tenho mais coragem de viver e um sentido de justiça mais apurado, mais seguro do que a mãe. Sei o que quero, tenho uma finalidade, uma opinião, tenho fé e amor. Deixem-me ser eu mesma e estarei satisfeita. Tenho consciência de ser mulher, uma mulher com força interior e com muita coragem.
Se Deus me deixar viver, hei-de ir mais longe de que a mãe. Não quero ficar insignificante. quero conquistar o meu lugar no Mundo e trabalhar para a Humanidade.
O que sei é que a coragem e a alegria são os factores mais importantes na vida!
Tua Anne"
Se fosse viva, em vez de ter morrido aos 15 anos num campo de concentração... Faria hoje 84 anos! :) Felizmente dentro de todo lado negativo da sua história de vida, ficou para sempre, porque acredito que este será daqueles livros que "viverão" para sempre, esta sua grande obra, sem na realidade o vir sequer a sonhar que fosse, na altura! :) Sem dúvida que de uma certa maneira o seu desejo foi realizado "Não quero ficar insignificante, Quero conquistar o meu lugar no mundo e trabalhar para a Humanidade." :)
Por esse lado, acredito que existam muitas pessoas que também leram este livro não?;) Da minha parte posso dizer que foi uma das minhas primeiras chamas que se acendeu pela paixão da leitura!:)
Boas leituras! :)
Foi talvez um dos livros que mais me marcou na vida! Até porque o li ainda novinha mas já com consciência de tudo o que significavam aquelas páginas...
ResponderEliminarCuriosamente a edição que li foi também a da foto :)
;) Mais uma vez te digo... a nossa amizade estava mais do que destinada!!! ehehhe ;) Também o li bem novinha. Este e o "A Lua de Joana" (que também virá para cá um dia;) ) foram dos mais marcantes no inicio da minha "vida literária"!!;)
EliminarBeijocas grandes!!!!;)
Tenho precisamente esta edição,e também já o li há alguns anos...é um relato impressionante,que nos marca para sempre,um período negro da história,uma vergonha para a humanidade!
ResponderEliminarMesmo!! :( Mas embora seja negro e mau, penso que é importante nunca se esquecer (apesar de no fundo querermos sempre esquecer!) para ter a certeza que não se repete...:( Agora fez-me lembrar uma conversa com a Tita sobre os livros deste tema!:)
EliminarBeijinhos!!:)
Eu, ao que me lembro, nunca o consegui ler ... mas quando fui ao Museu de Anne Frank em Amesterdão, consegui sentir e aperceber me de todos esses sentimentos e palavras escritas...
ResponderEliminarTânia Veras
Eu arrepiei-me tanto quando visitei esse museu... É inexplicável o que se sente, para quem leu o livro e vai imaginando o "anexo" e depois o vê em forma real...e se lembra que a história não é ficção... foi real!!:(
EliminarLi-o mais ou menos com a idade com que ela o escreveu e marcou-me bastante. Acho que nenhum de nós conseguirá alguma vez dar valor ao que aquelas pessoas passaram e ainda bem que houve alguém com coragem suficiente para passar para palavras o que viveu.
ResponderEliminarbeijinho
Mesmo!! :( É um relato real e em tempo real... eu também o devo ter lido pelos 15 / 16 anos! É impossível para nós poder sequer chegar perto da ideia do que ter sido vivido assim... Digo como tu, ainda bem que ela teve a coragem e a ideia!! :) É a prova viva de que não se pode deixar voltar a viver algo assim!! :(
Eliminarbeijinhos