Sinopse...
Um livro muito bem escrito sobre três figuras importantes: Kafka, Pessoa e Borges. Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de nova iorque a um rapaz misantropo que chega a lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros. Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo. Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance – três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar. Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles. Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, "No Meu Peito não Cabem Pássaros" é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens.
Palavras de quem enviou o livro...
"Não é o meu estilo de leitura e não gostei muito do livro no geral. Mas gostei da escrita, da forma como são ditas as coisas. Nunca conseguiria escrever assim e por isso fiquei a admirar o escritor. Deixo-vos alguns exemplos do que quero dizer:
“Entra no elevador e vê-o encher-se a cada piso. São lugares democráticos os elevadores, no mesmo espaço juntam-se fatos-macacos e casacos de bom corte e, apesar da diferença, são só pano que separa a pele do trabalho.”
“Quem não sabe para onde ir vai indo sem saber para onde”
“Todos devíamos ter diferentes palavras para “eu”: o “eu” que eu que sinto, o “eu” que tu vês, o “eu” que eu não sou.”
“Ele aproxima-se do rapaz que o não vê chegar porque toca de olhos fechados. Jorge fecha também os seus e ficam os dois à distância da música.”
“Os homens nascem, crescem e morrem. E pelo meio fazem algumas coisas. Há coisas que são de todos: comer, dormir, fazer sexo, fugir à realidade. Há coisas que poucos fazem: lutar por um ideal, fundar uma religião ou uma filosofia, amar, criar algo de verdadeiramente belo. O tempo gasto numas explica a raridade das outras.”
Não conhecia... desse lado mais alguém que tenha lido? ;)
Boas leituras!:)
Olá!Nunca li nada deste autor...mas fico sempre com curiosidade.Estou a acabar de ler 'O Quarto de Jack' !Beijinhos.
ResponderEliminarOlá!!:) Também nunca li, mas confesso que fiquei curiosa...Aiii tenho de me despachar com o Saramago!!;) ehehe
EliminarBeijinhos