A conta das perdas, neste caso, das perdas literárias em forma de Feiras! :( Feira do livro de Lisboa, aquele grande acontecimento que me custa tanto faltar! :( Para muitos pode ser "só" mais um motivo de passeio, mas para mim não é, de todo! :´( Habituada desde a infância a ir a esta Feira, e agora dou por mim sem ela há 3 anos! :( Se há acontecimentos marcantes em Portugal (mesmo não sendo para todos os habitantes, pois felizmente somos seres diferentes!) que estão na lista dos que me custam faltar, este é um deles!
Esta tem sido uma semana cinzenta por estes lados, quer em clima lá fora, quer cá dentro de casa! Filha de novo com bronco espasmos, mais idas às urgências, bombas, gotas, despertares pelo telemóvel durante a noite de 4h em 4h, servindo o mesmo de bússola durante o dia, e cá estamos nós em mais uma sexta feira, numa semana caseira, sempre com a banda sonora da tosse infantil!! :S Como tal a leitura ficou parada na última pagina lida do livro iniciado mais "recentemente"! Estou cansada e de certo modo revoltada, mas a vida é assim, certo? Uma batalha constante e nada controlada! É ter forças para enfrentar o tempo que falta até respirar Portugal outra vez, que por mais que me digam e leia que "está mal", "que não vale a pena", que isto e que aquilo... é a minha casa! É o meu porto seguro, é o porto da Amizade e dos abraços da família de verdade! É onde estão aqueles abraços que sem nada dizer, apenas sentir me fazem correr as lágrimas de felicidade! É o meu Portugal! :) A frase típica do emigrante que hoje sei bem o que significa! ;) Sinto-me num porto confuso no momento, num porto tremido, onde sinto até medo de por tanto desejar colocar os pés em Portugal, apanhe um choque por já "não me sentir em casa", como tanto imagino... é o terreno perigoso quando chegamos aos 3 anos de vida noutro país... É o precisar urgentemente de espaço para pensar sem interrupções... é a eterna guerra que me mata lentamente (e sei que estupidamente, mas isso será tema para um post num destes dias!) por desejar tempo para o Eu Mulher no lugar da "obrigação" constante do ser Eu Mãe! Que depois em noites como ontem, onde no meio de tanta tosse levamos o ser mais novo da casa, para o nosso leito de sono (nos último tempos em forma de "low sleppeeing") e mesmo a dormir profundamente vermos o seu instinto animal de se aproximar a se enroscar em mim de uma forma que me fez lembrar como quando estava na minha barriga... fiz-lhe festinhas nas costas e lembro-me de pensar "será que a sensação é a mesma para ela quando estava na minha barriga)"... Nos fazem sentir para lá do bem, as piores Mulheres à face da terra por desejar ter um momento de tranquilidade fora do mundo infantil! :S Caos cerebral? Sim é capaz de ser um bom modo de definição para esta semana!
Bom fim de semana e... Boas leituras! :)
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